O carnaval em Samonte mudou muito com os anos, hoje em dia parece mais com um "baile funk".Músicas insuportáveis, os blocos já não existem mais,as fantasias também não.Enfim, vivemos a época do carnaval sem criativida, sem cor. O Pirata Montense aproveita então e faz uma viagem no tempo para contar como foi o carnaval em uma época onde não havia disputa de som automotivo.
Anos 20,30 e 40.
Antigamente o povo se reunia ao redor do “coreto” da Praça Getúlio Vargas. A música ficava ao comando do saudoso maestro Avelino Batista Leite. O lança-perfume andava solto ma só para perfumar o ambiente e fazer arder os olhos. Durante a noite inteira, acontecia a maior batalha de confetes e serpentinas formando cordões, as mãos se entrelaçavam com emoção.
Os blocos desfilavam e se misturavam na folia com coloridas fantasias de mascarados, arlequins, piratas, pierrôs, ciganos, havaianas, colombinas, índios, malandros...
A repressão naqueles três dias afrouxava-se. E alguma coisa a mais podia acontecer: uns amassos, pois surgiam ali os “ficantes” como hoje.
Gente famosa virava gente comum. Os doutores ali também estavam como carnavalescos.
Mais tarde, o baile no salão do Gloria Clube, ia até o sol nascer. De dia, nas ruías era aquele corre – corre, pois armados de latas d´água, bandos de dançadores surpreendiam os passantes com inesperados banhos.
Nos bailes infantis a criançada se divertia muito e alguns garotos aproveitavam a liberdade e se transformavam em verdadeiros “capetinhas”.
Janjão Filgueiras por muitos anos imperou como rei momo.
De 1950 para cá, nossos carnavais alcançavam fama tal que atraiam visitantes até do Rio de Janeiro. Na década de 1960, contamos com o prestigio vibrante e agradável de Dr. Renato, D. Ruth, Lígia, Ione, Eduardo, Maria, Inês, Álvaro, Dr. Osmar, D. Elza, Zizi e Marilu.
Várias coisas nos fazem recordar: o gingado de Maria do Rivalino em marcha-ré. D. Odete e Nacif Lasmar formavam um par animadíssimo! Ela cantava com uma dentadura que sobrava para fora da boca e despertava gargalhas em todos. Pelas ruas da cidade,
Elmo e Jaiminho desfilavam vestidos de mulher, Romeuzinho do Sr. Olavo, assustava a meninada vestindo uma armação com uma caveira de boi, numa espécie de “bumba, meu boi”.
O Rei Momo Tututa imperou por vários anos, distribuindo atenção e espalhando simpatia.
É muita coisa para se lembrar!!!
Desde Então...
Maria Rosa Cabral com escola de samba “Unidos do Nacional”, fazia todo esforço para apresentar sua escola, lutando pela implantação do carnaval de rua nesta cidade.
Nos desfiles de blocos, concursos nos carnavais de rua marcaram presença: Frangos, Cavernosos, Sapos, Mohicanos, Vai Tombando, Vagabundos, Os Trozorbas, As Estoraketes...
Em 2002 ficou decidido pela administração pública que o carnaval, que até então era realizado na Praça da Matriz, seria a partir daí na “passarela do samba”: Praça de Eventos na Avenida Tancredo Neves.
2009 – O carnaval agora acontece de forma dispersa. Todo mundo no embalo dos sítios e fazendas.
Acabou-se a euforia e deu fim a alegria.
Telinha Castro
domingo, 22 de fevereiro de 2009
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O carnaval antigamente, como exposto por você, certamente era interessante; hoje, realmente não passa de um "baile funk" ao ar livre. Não só aqui em Samonte, mas em muitos outros lugares também.
ResponderExcluirAbraço.
Anderson C. Costa
www.temasanderson.blogspot.com
Isso mesmo realmente o caranaval de antigamente era bem mais animado e saudável, hoje em dia a mnaioria dos jovens só pensa em bebidas e drogas e não sabem se divertir!!! O que será do carnaval de nossos filhos??? Abraços.... Eduardo Rique
ResponderExcluirdu.mafia.azul@hotmail.com